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Entrevista com profissional de Games sobre o mercado de trabalho da área

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Essa semana conversamos com um profissional da área de games para compreender melhor como o é mercado de trabalho nessa área e te deixar por dentro dessa inovação. O entrevistado foi Emmanuel Peixoto, formado em licenciatura em música pela UEL e aluno da Game Audio Academy, a maior escola e plataforma online de ensino de áudio e trilhas sonoras para games.

Veja a seguir os principais pontos da conversa:

  1. Como e por que escolheu essa profissão?

A profissão me escolheu. Claro que tem o contexto de eu ser apaixonado por games desde criança e de ter me formado em música. O fato da profissão ter me escolhido foi quando em Junho de 2017 eu participei de uma Game Jam, na curiosidade mesmo, com quase zero conhecimentos específicos da área de áudio para jogos. E no final da Game Jam, depois de ter entregue as músicas e os efeitos sonoros, eu me senti realizado como nunca antes, e desde então eu venho buscando me aprimorar na área.

  1. Qual sua rotina de trabalho? 

Procuro ter disciplina para o trabalho render e ter qualidade. Por muito tempo não respeitei isso, passava madrugadas estudando e produzindo, sem ter uma rotina de descanso, dormindo pouco e me alimentando mal. Obviamente que naquele momento eu não alcancei o objetivo que queria. Em dado momento eu passei a me cobrar isso, lógico que não foi da noite pro dia, é um processo de ressignificação, até ficar natural. E também busquei orientação de quem é mais experiente na área, fez uma baita diferença. Hoje durmo certo, me alimento melhor, faço exercícios e cuido da minha saúde mental. Claro que não precisa ser um nível militar de disciplina, mas a diferença é enorme. Sem descanso e saúde mental ninguém produz direito e nem evolui.

  1. Quais seus objetivos no ramo? 

Meu grande objetivo com certeza é viver 100% da profissão. Eu estou entrando na indústria, estou em processo de me estabelecer, fechando com os primeiros clientes. É demorado, por um bom tempo eu fiquei sem foco, sem saber em que me aperfeiçoar antes, sem entender todo o processo que envolve a produção de áudio para games, e também sem entender o nível de qualidade de trabalho para ter o mínimo de relevância.

  1. Você tem alguma dica pra quem quer entrar nessa área ou acabou de iniciar no mercado de trabalho? 

Primeiro de tudo comece. Muita gente fica hesitando em começar esperando pelo momento confortável, por conta de que não tem o equipamento X ou não domina o software Y. Eu comecei a participar de eventos com zero conhecimento. O fato de eu saber música não garantia que eu iria conseguir produzir uma música boa no computador. Busque conhecer as raízes do áudio para games e como aquelas músicas funcionam. Hoje temos trilhas gravadas com orquestras reais, mas tudo começou com as limitações absurdas dos chips de áudio dos consoles antigos. Umas das diferenças do áudio para games e o áudio de outras mídias é o comportamento dinâmico e adaptativo que funciona de acordo com as ações de jogador, o segundo passo depois de começar a produzir músicas é aprender os softwares em que você cria as cenas de áudio dinâmico e adaptativo. São eles, Fmod e Wwise. E não, você não precisa aprender a programar. Para quem busca conteúdos sobre áudio para games, siga no Instagram o Thiago Adamo, meu professor, e a Game Audio Academy. O Thiago é referência de áudio para games no Brasil. Foi me tornando aluno dele que comecei a caminhar no rumo certo, um ano depois da primeira game jam que participei.

  1. Tem alguma dica específica sobre a produção de um portfólio?

Participar de game jams eu creio que é o primeiro passo, é uma experiência prática, obviamente simplificada; em menor escala de como é o processo de criação de um jogo. Participando desses eventos, e polindo o seu trabalho depois, em paralelo com a busca de conhecimento específico, aos poucos o trabalho vai ganhando qualidade. Estou desde 2017 nesta busca e comecei a conquistar meu real espaço no mercado nos últimos meses.

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